sexta-feira, julho 28, 2006

PROFESSOR DOUTOR ELÍSIO ESTANQUE ARRASA.




Perversa combinação

Ao defender a aplicação do princípio da meritocracia, Elísio Estanque é arrasador.

Eis um excerto:


A mentalidade vigente em muitos quadros partidários tende a ver uma conspiração e a estremecer sempre que alguma coisa mexe para além do seu controlo. Compreende-se.
Em muitos casos, trata-se de pessoas que desde há 30 anos (...) não têm tempo para a reflexão e para o pensamento crítico. Desenvolveram um estilo formatado pelos cargos (...) que ocuparam (...) e pela reverência das bases, das quais se julgam eternos tutores protectores.
Agarrados que estão à sua pequenina migalha de poder e de tão enleados nas teias de influência e de interesses que eles próprios tecem, [muitos quadros partidários] nem sequer percebem que a senda persecutória em relação às supostas «elites» só põe a nu o absoluto vazio de ideias [dos mesmos].
Pode parecer paradoxal, mas uma tal mentalidade, que tanto invoca o nome do povo, revela-se, afinal, uma perversa combinação entre o elitismo mais conservador e o populismo mais demagógico”.

quinta-feira, julho 27, 2006

HÁ POLÍTICOS QUE DETESTAM QUE OS SEUS ACTOS SEJAM EXPOSTOS!

A “mulher de César” e os gestos políticos
Rui Avelar


A futura Comissão Executiva da Região de Turismo do Centro (RTC), a eleger amanhã ao abrigo de um acordo celebrado pelo PSD e pelo PS, sofre de um «pecado original» que consiste na recondução de Luís Vilar depois de este ter pedido a suspensão do mandato de vereador da Câmara Municipal de Coimbra.
A 24 de Abril de 2006, Luís Vilar solicitou a suspensão por três meses do mandato como autarca por entender que uma notícia divulgada pelo “Campeão” pôs em causa a presunção da sua inocência.
Comungamos da certeza de que nem a constituição como arguido do presidente da Comissão Concelhia do PS/Coimbra nem a notícia atinente a esse facto beliscam a presunção de inocência de que ele desfruta.
Ao “Campeão” cabe a missão de informar, com imparcialidade e rigor, sendo nossa convicção que a realização do interesse público pressupõe a divulgação de factos (inequívocos) inerentes aos agentes políticos investidos de funções de representação popular.
Em carta dirigida, há três meses, ao presidente da Câmara de Coimbra, Luís Vilar alegou ter agido ao abrigo de um “inadiável imperativo de consciência, em ordem a garantir a transparência e a absoluta honorabilidade às funções e ao respectivo desempenho”. “Estando em causa a averiguação de alegadas ofensas ao interesse público, sendo que a defesa de tal valor deve nortear de forma inequívoca a actuação de qualquer eleito local, não posso alhear-me do impacto que tais suspeitas necessariamente suscitam sobre a actuação (...) enquanto vereador”, declarou.
Segundo Luís Vilar, a sua permanência em funções como edil podia “constituir um constrangimento à investigação em curso”, sendo que o prazo da suspensão do exercício do cargo foi fixado em função do “período julgado adequado para o termo da investigação”.
Neste contexto, a recondução de Luís Vilar como vogal da Comissão Executiva da RTC traz à colação o velho paradigma da «mulher de César», pois já há 2.000 anos os romanos concluíram que não bastava à senhora ser séria e que tinha a obrigação de parecer ( sobretudo porque aqui ele exerce funções executivas, tomando decisões em nome do interesse público todos os dias ).

Ao jornalista Rui Avelar os nossos parabéns, sobretudo num tempo que que alguns políticos tudo fazem para branquear as suas notícias, atribuindo-lhes sempre a tão conhecida desculpa de perseguição política.
Gostaria de incentivar os jornalistas que fazem jornalismo de investigação. É bom não esquecer os números que um jornal nacional publicitou há algumas semanas atrás: as notícias de investigação são a maior fonte de investigação criminal, delas resultanto a descoberta de práticas criminosas em 70% dos casos.
O que afasta os cidadãos da política são comportamento dúbios, que podem não ser criminosos, mas seguramente é discutível se serão ética e moralmente reprováveis e os cidadãos devem conhecer essas atitudes para poderem retirar delas as suas opiniões.
Tal informação não é indiferente na hora de votar!
Quanto ao Sr. Luis Vilar, gostaríamos de perguntar, por outro lado, se acha que o que hoje aqui está exposto corresponde a uma calúnia ou a um atentado à sua honra ?
Não. O que aqui está hoje escrito, hoje como noutras circunstância, não é mais do que o exercício desse direito pela qual o senhor tantas vezes faz questão de dizer que lutou no 25 de Abril.
Aqui, como em outras situações, os jornalistas fazem pesquisas, averiguam factos e depois emitem opinião. Essa opinião pode corresponder a juizos de valor éticos ou morais, porque nem sempre os comportamentos visados e noticiados, apesar de eticamente reprováveis, são passíveis de investigação criminal, mas seja como for todos esses comportamentos são importantes ao cidadão eleitor.
Um político tem de responder perante os seus comportamentos e deixar ao povo os juizos que entender fazer face a esses factos e comportamentos.
O importante é que se dê ao visado a oportunidade de clarificar, desmentir e processar se tiver sido alvo de calúnia. O facto é que estes políticos muitas vezes não respondem, nem querem responder achando que o exercício de funções públicas não os obriga a esclarecer nada perante o povo que representam. Acham que o povo tem de acreditar neles e ponto final. Nenhum esclarecimento deve ser dado.
Não nos impressiona a sua escrita. De facto, quem não deve não teme. O Sr. Luis Vilar, está provado, revela-se sempre muito incomodado quando alguém descreve alguns factos e comportamentos que, nuns casos poderão ou estarão a ser objecto de investigação criminal, mas noutros serão "apenas" reprováveis moral e eticamente.
Um político que aceita desempenhar cargos públicos aceita implicitamente que se questione publica e transparentemente os seus actos no desempenho desses cargos e na sua vida profissional.
Não é indiferente para mim, cidadão eleitor, saber o que "X" ou "Y" fazem na sua vida profissional e pública, assim como não é indiferente saber se a pessoa "x" ou "y" desempenha os cargos públicos cumprindo a lei ou não.



terça-feira, julho 25, 2006

O EXEMPLO DE MANUEL ALEGRE. RDP DÁ-LHE DIREITO A REFORMA DE 3.219,95 POR AÍ TER TRABALHADO ALGUNS MESES.


Manuel Alegre, vice-presidente da Assembleia da República, reforma-se, com 3219,95 euros mensais, da RDP onde apenas trabalhou de 1974 a 1975, segundo a lista dos aposentados e reformados divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).
Político e escritor, Alegre tinha bem escondida dos portugueses e dos amigos a profissão de funcionário da RDP.
Admitindo ter ingressado nos quadros da RDP pouco depois de “regressar a Portugal”, vindo do exílio em Argel, Manuel Alegre confessa que esteve “pouco tempo” nas funções de director dos Serviços Criativo e Culturais da RDP.
Isto porque nas primeiras eleições democráticas, para a Assembleia Constituinte, realizadas no dia 25 de Abril de 1975, foi “eleito deputado”, tendo desde então sido sucessivamente reeleito, razão pela qual nunca mais voltou a trabalhar na rádio. Mas, acrescenta, “se por alguma razão não fosse eleito deputado, teria regressado para RDP”.
Manuel Alegre é junto com Jaime Gama, Miranda Calha (ambos também do PS) e Mota Amaral (PSD) um dos quatro únicos políticos portugueses que sempre foi eleito deputado à Assembleia da República.
Ana Sara Brito considera que Alegre “devia era doar a reforma ao MIC”, Movimento de Intervenção Cívica, criado na sequência da votação obtida (mais de um milhão votos) por Alegre nas eleições presidenciais.
in correio da manhã...
- Correio da Manhã - É verdade que vai receber 3 219,95 euros de reforma da rádio?
- Manuel Alegre – Vou receber um terço. Como deputado não posso acumular o vencimento com a reforma. Optei pelo ordenado e um terço da reforma.
– Correio da Manhã - Não parece mal uma reforma por tão pouco tempo?
- Manuel Alegre - Só posso sublinhar que é legal. O Presidente da República também não recebe duas ou três reformas do Estado, além do vencimento? Mas eu nem questiono isso, que ele é uma pessoa séria.
Esquece-se Manuel Alegre que o Presidente da República recebe as reformas resultantes de trabalho efectivo: professor universitário e alto quadro do Banco de Portugal. Ao contrário de si próprio que toda a vida viveu à custa do PS e dos cargos políticos. Desde 1975 que é sucessivamente eleito deputado.
Feitas as contas: cerca de € 6000 da Assembelia da República, mais € 3219 da RDP ( mesmo dando lugar à um corte de 1/3 ), mais o produtos da venda dos seus livros ...não me venha falar, do alto da sua teoria, dos portugueses que vivem do ordenado mínimo nacional!

quinta-feira, julho 20, 2006

EXCEDENTÁRIOS SOBEM AO PARLAMENTO POR INICIATIVA DO GOVERNO SOCIALISTA.

DOIS PS:
Em 2002, Fausto Correia era contra os excedentários.
Fausto Correia aliás foi o Secretário de Estado que mais
funcionários Públicos meteu

O Sr. Presidente: - Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Fausto Correia.
O Sr. Fausto Correia (PS): - Sr. Presidente, Sr. Ministro, Sr. Secretário de Estado, Sr.as e Srs. Deputados, ouvi com atenção a intervenção do Sr. Deputado Carlos Andrade Miranda. Disse ele que o Decreto-Lei n.º 535/99 era uma lei socialista. Aceito isso como um rasgado elogio na exacta medida em que - e V. Ex.ª omitiu-o - a diferença que existe entre esse diploma e o Decreto-Lei n.º 193/2002 é apenas uma e fundamental: é que o Decreto-Lei n.º 535/99 não dava lugar à criação de excedentes e o Decreto-Lei n.º 193/2002 é a criação de excedentes! É apenas e só isto!De resto, a este respeito, a posição do PS foi sempre clara desde 1995. O PS, no seu programa eleitoral, em função do famigerado quadro de excedentes, propunha a sua eliminação, tendo negociado com os sindicatos o acordo salarial para 1996, publicado o Decreto-Lei n.º 14/1997, que extinguia o QEI, a par, também, do Decreto-Lei n.º 13/1997, que criava o Departamento de Reconversão, Classificação e Colocação da Redução de Pessoal.

Portanto, no que toca ao quadro de excedentes, houve uma linha de coerência desde 1995. Coerência essa que, de resto, justifica hoje o comportamento do PS ao arguir a inconstuticionalidade do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 193-A/2002, no sentido de ficar claríssimo que o PS não aceita, uma vez mais, que a fusão, reestruturação ou extinção de serviços dê lugar à criação de excedentes.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Andrade Miranda.
O Sr. Carlos Andrade Miranda (PSD): - Sr. Presidente, de forma telegráfica, se possível, iria procurar responder às duas ou três questões que os meus colegas Deputados me colocaram.Sr. Deputado Bernardino Soares, efectivamente, em matéria de consensos, pelo que pude observar e analisar do que foi a trajectória desta Câmara ao longo dos últimos anos, saliento dois aspectos fundamentais que nos trazem aqui hoje, e dos quais não conviria desviar a nossa atenção: por um lado, a necessidade de reduzir o peso excessivo da Administração Pública e, por outro lado, a necessidade de reestruturar a nossa Administração Pública e o que isso implicaria, necessariamente, em termos de mobilização de funcionários, de alteração dos quadros e dos recursos humanos da Administração Pública. E, nesta matéria, havia consenso de todas as bancadas, tal como também houve consenso na adopção sistemática, desde 1984, do princípio da mobilidade do pessoal e dos recursos humanos da função pública.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O PS de José Sócrates não pensa como Fausto Correia e hoje acaba por aprovar e defender um diploma, que todos compreendem necessário, ao arrepio da linha seguida pelo Governo de António Guterres. Acho, aliás, que governar no sentido do ciclo económico foi o maior erro dos governantes socialistas da época. Hipotecaram este futuro que estamos hoje a viver. Em maré alta devemmos remar em contra ciclo. Foi, de resto, o que os Espanhós fizeram.

É o que dá ter tido na Administração Pública governantes populistas!

Tudo na mesma como ....


Para que é que vão haver eleições se os titulares dos orgãos já estão definidos?

Só para perder tempo e gastar o dinheiro de todos nós?

Isto é a inversão do princípio básico da democracia, um atentado ao estado de direito publicado nos jornais.


19-07-2006 Eduarda Macário "As beiras on line"

ELEIÇÕES – Pedro Machado no turismo da região CentroAs eleições para a RTC estão marcadas para o dia 28 de Julho. O vice–presidente da Câmara de Montemor–o–Velho, Pedro Machado, vai ser o novo presidente. A escolha dos novos rostos para a Região de Turismo do Centro está marcada para o próximo dia 28 de Julho, entre as 11H30 e as 12H30, na Escola de Hotelaria de Coimbra. Um acordo entre o PSD (que detém o maior número de câmaras na região) e o PS permitiu a elaboração de uma lista única liderada por Pedro Machado, vereador e vice–presidente da Câmara de Montemor–o–Velho. A vice–presidência continuará nas mãos de Luís Vilar, seguindo–se José Elísio (Câmara da Figueira da Foz), Luís Antunes (Lousã), José Reis (Penela). Como suplentes aparecem as autarquias de Carregal do Sal, Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra e Mira.Refira–se que, nas propostas do PSD, apenas a autarquia de Mira foi substituída pelo facto desta ter sido ganha pelo PS nas últimas eleições. O que, por isso mesmo, a leva a manter–se nesta estrutura... mas agora em representação dos socialistas.Com a morte de José Manuel Alves, a presidência foi assumida pelo actual vice–presidente, Luís Vilar, a quem coube a responsabilidade de convocar as eleições.Entretanto, Jaime Soares, pelo PSD, e Victor Baptista, pelo PS - e enquanto “líderes” do dois partidos com maior representação na região - sentaram–se à mesa e negociaram a elaboração de uma lista única que irá assumir os destinos da maior região de turismo do país durante os próximos quatro anos.A posse de Pedro Machado e da sua equipa será dada pelo secretário de Estado do Turismo - ou alguém escolhido por ele -, provavelmente, dentro de um curto espaço de tempo. Para o efeito, Luís Vilar irá ter uma reunião na próxima semana com o secretário de Estado do Turismo para definirem o processo.Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Luís Vilar garantiu que o projecto de promoção da região Centro assumido por José Manuel Alves será desenvolvido e continuado pela nova equipa. Trata–se, de acordo com o vice–presidente da RTC, de um projecto partilhado por todos dentro da Região de Turismo - comissão autarquias - que pretende promover a região dentro e fora do país.“Quer a Associação de Turismo Centro de Portugal, quer a Agência de Promoção Turística são para manter pela importância que assumem em todo o processo de promoção desta vasta região”, garantiu Luís vilar, adiantando que também as regiões de turismo irão continuar a desempenhar o seu papel de promoção dentro do mercado interno

A MAIORIA DAS INVESTIGAÇÕES CRIMINAIS RESULTAM DE IMPORTANTES INVESTIGAÇÕES JORNALÍSTICAS.

Há políticos que tentam calar jornalistas
Manuel Rosa Santos
in: www.campeaoprovincias.com

Não é um problema novo, mas tem evoluído nos últimos anos, com os ditos indivíduos inatingíveis a ditar aquilo que aos jornalistas compete (não) informar da verdade, principalmente, quando as notícias atingem a ‘tranquilidade’ dos primeiros.
1- Como pessoa no exercício pleno de cidadania, membro de um grande partido politico, para além da colaboração por mim prestada à coisa pública, não posso, não quero, e não devo deixar passar incólume algo de grave que ocorre e aos portugueses deve ser explicado de maneira clara.
2- Com acuidade, nos últimos tempos, tenho verificado que há pessoas, nomeadamente mais os políticos e os dirigentes de cargos de eleição e de nomeação, para já não falar nos que são intocáveis por natureza, ao serviço (da falta) da Justiça que não se preocupam com os meios utilizados, visando a instrumentalização da comunicação social, por norma, indirectamente, mas com intenções gravosas bem alicerçadas, tendo como objectivo afectar ou mesmo tentar impedir desenvolvimentos naturais de trabalhos, averiguações ou mesmo investigações feitas por quem de direito no plano jornalístico e judicioso. Para quê dar exemplos, se não não teríamos espaço no jornal inteiro para descrever tantos casos…
3- O que importa, e parece que neste ponto estaremos todos de acordo, é que, em Portugal, dos cerca de 40.000 casos de actividades ilícitas por conexão ao favorecimento pessoal e face às actividades passíveis de interpretação como corrupção, nos últimos anos, quase todos foram alvo de expediente averiguatório só depois de informação veiculada sobre esses possíveis factos, pela comunicação social, a partir de recolhas feitas por repórteres de investigação jornalística. Não é verdade? Só quem for sacana na sua natureza é que afirmará o contrário
4- Quando alguns jornalistas ‘estragam’ as estratégias habituais em uso pela trupe, o que ocorre desde logo são algumas ameaças, uma veladas e outras há que têm sido explícitas com o intuito de acagaçar os repórteres.
(...)
6- E os jornalistas de investigação, quer faça chuva ou sol, frio ou calor, lá vão de noite e de dia para o terreno à procura da essência em meios perturbados, para que possam converter em factos de apuramento da verdade.(...)
Em Coimbra, também temos jornalistas de investigação. Mas para os deixarmos trabalhar há que acarinhá-los e ajudá-los. Poderá ser que, dessa maneira venham a aparecer ‘lebres e raposas’ nas fraldas da cidade! Os meus parabéns pessoais para os jornalistas de investigação; e também para alguns dos restantes (outros há que até já reformados são a antítese da verdade noticiosa e até exercem cargos de direcção, portanto para esses não!).

quarta-feira, julho 19, 2006

MANTERÁ O PS LUIS VILAR NA RTC ? E O PSD ACEITARÁ LUIS VILAR NA RTC ?


Estamos curiosos por saber a resposta a estas duas perguntas, sabendo todos nós que a resposta afirmativa a ambas representa o que de pior a política tem: o hábito de fazer logrolling.

Mas o que é logrolling ?
O hábito da troca de votos de forma a garantir consensos que interessam a ambas as maiorias, qualquer que seja a decisão e conclusão final.


Esta é a parte que mais vem desacreditando a política. Todos sabemos que à mulher de César não basta parecer séria. Tem de ser séria também.
Ora, mesmo que Luis Vilar esteja inocente de todos os processo de inquérito criminal que contra si aparentemente decorrem, ele devia ser o primeiro a querer afastar-se da vida pública até provar a sua inocência ( o que aliás sucedeu com outros seus companheiros de partido,e muito bem ) .
Mas não. É ele que faz questão em se impor e continuar.
Mas qual o papel dos dois maiores partidos ? Que mensagem querem dar aos cidadãos ?
A história da RTC diz que há tradição em haver um acordo entre os dois partidos mais votados ( PS e PSD ), porém o consenso apenas existe quanto a ter um membro executivo do partido que pontualmente é minoritário na Região. Tal significa que o nome a indicar deve merecer análise de ambos os partidos. Também costuma ser por consenso a indicação do nome para Procurador Geral da República e várias foram as situações em que esse nome teve de ser alterado.

FÁTIMA CRISÓSTEMO FALADA PARA A DREC AO LADO DO NOME DE FERNANDA CAMPOS E ROSÁRIO GAMA.

Fátima Crisóstomo pode ser directora regional de Educação Fátima Crisóstomo, docente da Escola Secundária Jaime Cortesão, é o nome mais falado para substituir José Manuel Silva na DREC.

Antiga coordenadora adjunta do Centro de Área Educativa de Coimbra. Fátima Crisóstomo poderá vir a ser a sucessora de José Manuel Silva na Direcção Regional de Educação do Centro (DREC). De resto, o nome da professora da Escola Secundária Jaime Cortesão já é comentado na instituição, mas ninguém quer falar abertamente sobre o assunto. Um dirigente sindical também confirmou ao Diário de Coimbra ter já ouvido falar nessa possibilidade, afirmando que se trata de uma «pessoa cordata, com quem se pode falar». Realça, porém, que a docente «tem tomado posição críticas em relação à política ministerial», o que poderá ser um entrave à nomeação.

Nome recorrente na DREC é também o de Fernanda Campos, mulher do conhecido docente da Faculdade de Economia e ex deputado socialista, Rui Namorado.
Outro nome falado é p de Rosário Gama, socialista e docente do Liceu Infanta D. Maria.

terça-feira, julho 18, 2006

ATENÇÃO SR. ENG. JOÃO REBELO: OS VEREADORES SÓ TÊM DIREITO A UM ADJUNTO E UMA SECRETÁRIA!

JOÃO REBELO IGNORA LEI


A vice-presidência da Câmara de Coimbra está agora entregue a João Rebelo que, aos jornalistas, e reagindo às palavras do seu antecessor, apenas explicou que «todos os vereadores têm direito a ter um assessor e um adjunto».

Não sr. Eng. João Rebelo, os vereadores têm direito a uma secretária(o) e um adjunto(a) apenas. Já devia saber disso. Afinal, é vereador há 5 anos!

Na Câmara de Coimbra, como noutras, como é o caso recentemente conhecido da Câmara de Lisboa, os vereadores esgotam a possibilidade que a Lei lhes dá e nomeiam de imediato um(a) adjunto(a) e um(a) secretário(a).
Porém, como as clientelas e amizades são superiores a esse número depressa celebram contratos de prestação de serviços e de avença, contornando a lei, mas depois colocam-nos nos respectivos gabinetes e chamam-lhes assessores.
É uma vergonha.
A Câmara de Coimbra não foge a essa regra.
Por último, gostaríamos de saber porque motivo se abriu concurso de recrutamento excepcional para um(a) economista que entrará directamente nos quadros de pessoal da Câmara de Coimbra para o meio da carreira, directamente, sem passar pela casa da partida.

A lei do recrutamento excepcional diz que para situações excepcionais de mérito incontestável e curriculum inatacável do futuro funcionário público a contratar. Estaremos atentos para saber quem vai ser recrutada por mérito excepcional para meio da carreira dos licenciados na Adm. Pública.
É que esta maioria de direita já havia feito uma coisa semelhante à mulher do actual vereador Luis Providência, que entrou nos quadros da Câmara Municipal logo para quase o topo da carreira. Um escândalo!
E assim vai a função pública autárquica.

Por último gostaríamos de saber o que diriam estes senhores, sobretudo o CDS-PP se qualquer um dos anteriores vereadores do PS metessem a sua mulher nôs quadros da Câmara de Coimbra para o topo da carreira!?

PINA PRATA ELOGIADO PELA MAIORIA E PELA OPOSIÇÃO SOCIALISTA

PINA PRATA TORNA-SE RESERVA A TER EM ATENÇÃO PARA A SUCESSÃO EM 2009 CASO A GESTÃO MUNICIPAL MANTENHA O ACTUAL DESCALABRO.

Encarnação retirou a Pina Prata a confiança política, mas este mereceu elogios de quase todos os vereadores (da maioria e da oposição) da Câmara de Coimbra.
Luís Providência agradeceu a sua «colaboração estreita», o mesmo acontecendo com Marcelo Nuno e Mário Nunes, este último considerou o ex-vice-presidente uma «pedra extraordinária na vereação».
Fátima Carvalho, falando enquanto sindicalista, louvou «o empenho e o trabalho» de Pina Prata.

in Diário de Coimbra

PINA PRATA SAIU COM GRANDE DIGNIDADE E FEZ O QUE TINHA DE FAZER.



Pina Prata atento a admissões na autarquia

" ... Renunciou aos pelouros que lhe tinham sido confiados por Encarnação, mas prometeu ficar atento a futuros “favoritismos” «político-partidários» em admissões na autarquia. Pina Prata garante que vai ficar, como «vereador não executivo», até ao fimHorácio Pina Prata avisou ontem que denunciará «quaisquer admissões na Câmara Municipal de Coimbra que advenham de recompensas de facturas ou apoios “político-partidários”», deixando claro que estará «atento à tentativa de manipulação, coacção e perseguição» dos colaboradores dos gabinetes de que era responsável e que, como afirmou, com ele «exerceram “cidadania”» na autarquia.O ex-vice-presidente e agora (apenas) «vereador não executivo» lia, na reunião de câmara, uma declaração (que entregou aos elementos da Comunicação Social presentes) ..."

in Diário de Coimbra

Horácio Pina Prata é um empreendedor. Durante os anos em que foi Vice-Presidente da Câmara foi dos mais criadores e inconformados vereadores. É, aliás, sempre foi um incompreendido no seu partido, talvez por não ser nem nunca ter sido aparelhista.
Economista, ex-Presidente da ACIC ( Associação Comercial e Industrial de Coimbra ), empresário na região Centro poderia ou poderá vir a ser um excelente Presidente de Câmara.
Achamos mesmo que com esta sua atitude marcou muitos pontos e constituiu-se como reserva para o futuro, afastando-se da vergonha em que se transformou a Câmara Municipal gerida por Encarnação.
O acaso afasta-o desta gestão laranja e CDS-PP, julgamos que para seu bem!

sábado, julho 15, 2006

OS CARLOS VENCEM ELEIÇÕES DO PSD


CARLOS PÁSCOA E CARLOS ENCARNAÇÃO
VENCEM ELEIÇÕES INTERNAS DO PSD
HORÁCIO PINA PRATA É O GRANDE DERROTADO
Carlos Páscoa e Carlos Encarnação vencem eleições para a concelhia do PSD.
Horácio Pina Prata é o grande derrotado, ficando ainda longe do seu adversário.
O mais bizarro nestas eleições é que um Presidente de Câmara demita o seu Vice -Presidente a dois dias de um acto eleitoral interno no seio do PSD, onde o seu filho é candidato a n.º 2 da lista adversária à desse seu Vice-Presidente, liderada pelo seu ex-chefe de gabinete.
Sucede que Horário Pina Prata não é Eduardo Simões nem Teresa Violante e Carlos Encarnação começa a arrecadar alguns ódios de estimação que não tinha quando decidiu regressar à sua cidade no ano 2001.
Isto baralha totalmente a sucessão de 2009. Com esta atitude, Horácio Pina Prata leva um cartão vermelho no jogo-2009. Agora o filme da sucessão e da falada ( mas apenas falada ) ida de Encarnação para Bruxelas ficou totalmente baralhada!

quinta-feira, julho 13, 2006

LUIS VILAR PODERÁ TER NOVO PROCESSO DE INQUÉRITO POR EVENTUAL CRIME DE PECULATO DE USO.


A Região de Turismo do Centro (RTC) vai desencadear, em breve, o processo para eleição dos membros da sua Comissão Executiva e o Ministério Público está a ponderar abrir um inquérito para esclarecer o presumível uso de um carro da instituição ao serviço do PS.
O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra está a ponderar a abertura de um inquérito na sequência da notícia do “Campeão” (edição de 22 de Junho) de que Luís Vilar se escusou a prestar esclarecimentos sobre uma versão que lhe imputa o presumível uso de uma viatura da RTC em trabalho partidário.
Ao contrário do que declarou José Manuel Alves, a viatura facultada a Luís Vilar não é para uso pessoal. A Lei 4/85 indica os servidores do Estado que desfrutam de veículos para uso pessoal e desse elenco não constam autarcas nem, por maioria de razão, membros das comissões executivas das regiões de turismo.
O Código Penal prevê que incorre na prática do crime de peculato de uso “o funcionário que fizer uso (...), para fins alheios àqueles a que se destinem, de veículos (...) que lhe forem entregues, estiverem na sua posse ou lhe forem acessíveis em razão das suas funções”. O ilícito é punível com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias.
in Campeão das Províncias de hoje

terça-feira, julho 11, 2006

FAUSTO CORREIA TEM TRAÇADA A LINHA DO REGRESSO.


Fausto Correia tem traçada a linha do seu regresso à lusa Atenas. E não tem no médio prazo outras linhas para desenhar como bem gosta de fazer.
É sabido que Fausto Correia, conhecido em Coimbra como o rolhas, gosta de ter o lápis solto para ir desenhando as linhas que mais lhe convêm em cada momento, porém essa possibilidade gostosa de que todos gostam não é fácil de alcançar quando se tem um Primeiro.-Ministro e Presidente de um partido como JOSÉ SÓCRATES.
Fausto tem, como todos os políticos que já não sabem estar longe da política, quatro linhas que gostaria de manter para desenhar: assembleia da república; parlamento europeu, câmara municipal de coimbra e governo.
No que diz respeito ao governo, enquanto JOSÉ SÓCRATES for Primeiro-Ministro essa linha estará, para Fausto, cortada. No que diz respeito ao parlamento europeu, é outras das linhas que só JOSÉ SÓCRATES desenhará e Fausto não terá a vida facilitada para continuar, sobretudo depois de ter assumido um compromisso com Coimbra, pressuposto para ir na lista do Parlamento Europeu de 2004, e depois ter fugido. Porém, é uma linha que SOCRATES poderá usar se lhe interessar afastar Fausto de Portugal.
Assembleia da República e Câmara Municipal de Coimbra são os destinos mais prováveis de Fausto, pois são aqueles em relação aos quais o PS local tem mais margem de autonomia, apesar de limitada também pela vontade do Presidente do partido.
Mas para ambos os cenários Fausto está condenado a entender-se com Vitor Batista. Aliás, Fausto está mais condenado a entender-se com Batista do que Batista a ter de se entender com Fausto. Talvez aqui resida a colagem de Fausto a Batista nos últimos anos, mesmo que em surdina o critique nalguns corredores conhecidos ( é a chamada hipocrisia ).
Mas vai chegar um tempo em que ou os dois se entendem e um será candidato à Câmara Municipal e o outro à Assembleia da República, achando eu que ambos quererão ser candidatos à Assembleia da República e ambos à Câmara Municipal. Tudo porque o actual Estatuto de Deputado permite ambas as candidaturas, tendo os eleitos para as Câmaras depois de deixar o parlamento. Ou seja: ambos quererão os dois ovos no mesmo cesto.
Estamos curiosos por saber como um eliminará o outro na única corrida onde não é possível estarem os dois!

sexta-feira, julho 07, 2006

D. Afonso Henriques


O “complex” típico português funcionou ontem em pleno na Igreja de Santa Cruz, Panteão Nacional. Desta feita, na total desconsideração da ciência praticada pelos portugueses em Portugal e desrespeito por todos os envolvidos no projecto de pesquisa.

A propósito de franceses importa dizer que por ocasião das invasões a que deram nome, ocuparam e saquearam Coimbra em 1 de Outubro de 1810, depois de terem perdido a Batalha do Buçaco no dia 27 de Setembro. É que o exército anglo-português, comandado por Wellington apesar de ter vencido o exército francês de Massena continuou a retirada para as Linhas de Torres Vedras. Ora, com a retirada das nossas tropas o exército francês entrou em Coimbra no dia 1 e só no dia 7 é que dela foram expulsas pelas Milícias Portuguesas comandadas pelo general inglês Trant.

Quem nos diz a nós que os franceses não tiraram de lá os restos mortais no nosso Fundador? Nas invasões, estes senhores pilharam, saquearam e destruíram casas, celeiros, igrejas, enfim tudo aquilo com que se deparavam. Muitos objectos repousam nos cofres dos museus franceses como resultado do saque e nunca os devolveram. Não chegou altura de os exigir Srª Ministra da Cultura?

A propósito leiam "As Taças da Ira" de Maria Helena Rainha Coelho. Faz bem a toda a gente.

quarta-feira, julho 05, 2006

PORTUGAL VS FRANÇA














Vamos calar o ar de superioridade dos Franceses com um cheirinho do nosso futebol e da nossa força guerreira.
A atitude dos franceses pressionarem a arbitragem afirmando que os portugueses fazem teatro vai produzir resultados contrários, como sucedeu com os Ingleses.
ALLEZ, ALLEZ, ALLEZ LE PORTUGAL !

LEI DA MOBILIDADE VAI CHEGAR AOS MUNICÍPIOS TAMBÉM.

A Lei da Mobilidade, que permitirá ao Estado colocar funcionários públicos nos disponíveis, vai chegar às autarquias locais.
A competência para aplicar directamente o diploma é do Presidente da Câmara.
Algumas Câmaras não terão mesmo outra alternativa, atento ao estado calamitoso das suas contas.
Há quem diga que Figueira da Foz e Coimbra não terão mesmo outra saída atendendo também à Nova Lei das Finanças Locais que vai penalizar muito as Câmaras devedoras.
Outra das medidas difíceis para os autarcas é o fim ou a restrição brutal da contratação de pessoal pelas tradicionais avenças.

comente...