Discreto entusiasta da recandidatura de Victor Baptista à presidência da Câmara de Coimbra, o ex-chefe de Redacção de As Beiras Paulo Marques considerou recentemente que o PS “parece estar a desperdiçar, de forma irreversível, as aspirações a reconquistar o município”. Em artigo escrito após o falecimento de Fausto Correia, o jornalista faz notar que, “com o regresso da co-incineração ao primeiro plano da actualidade política, a luz pode ter-se apagado de vez”.
De resto, acrescenta o articulista, “isso mesmo parece terem percebido Victor Baptista e Luís Vilar, sendo suposto constituírem a dupla de mandantes das hostes socialistas locais, quando se desentenderam, de forma tão estridente quanto inesperada”, em recente reunião do executivo camarário conimbricense. À pergunta sobre que se passa com este PS de Coimbra, responde Marques nos seguintes termos: “Passa-se, simplesmente, que o PS quase tudo está a dever à liderança sábia, à coesão interna, à estratégia sagaz, à reflexão crítica e à ambição transparente que sempre se exigem para uma caminhada triunfante, numa guerra tão intensa quanto esta”
E acrescenta o jornalista: “Vive-se, no PS, a angústia de uma orfandade prolongada, no que à energia partidária e à alegria da militância diz respeito. De um lado, o timoneiro concelhio enredado em querelas judiciais. Do outro, o líder distrital cada vez mais dividido entre a falta de peso político efectivo, em Lisboa, e a necessidade de funcionar, em Coimbra, como uma espécie de porta-voz do Governo”.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
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