segunda-feira, maio 30, 2005

NÃO. FRANÇA RECUSA CONSTITUIÇÃO.

O primeiro-ministro francês, Jean- Pierre Raffarin, prometeu hoje "desenvolvimentos" hoje ou terça-feira, depois de ter sido recebido pelo presidente da República, Jacques Chirac, não adiantando se tinha apresentado a sua demissão.
"Haverá desenvolvimentos durante o dia ou amanhã (terça- feira)", declarou laconicamente o chefe do governo, à entrada da sede do Governo, em Matignon, em resposta à pergunta dos jornalistas sobre se tinha apresentado a sua demissão ao presidente.
Raffarin esteve reunido hoje de manhã com Jacques Chirac, durante cerca de meia hora, no palácio do Eliseu.
Depois, o chefe de Estado irá receber Nicolas Sarkozy, o presidente do partido da maioria parlamentar, a União para um Movimento Popular (UMP), noticiam os "media" franceses.
Sarkozy é referido como um dos mais prováveis sucessores de Raffarin, a par da ministra da Defesa, Michèle Alliot-Marie, ou do ministro do Interior, Dominique de Villepin, que esteve no Eliseu na sexta-feira.
"É preciso ouvir o que os franceses exprimiram", defendeu no domingo o ex-ministro das Finanças, pedindo o fim dos "imobilismos" e "frivolidades" e exigindo uma reacção "para fazer mexer o país e recolocá-lo em movimento sem demora".
Depois de conhecido o resultado negativo do referendo à Constituição Europeia, Jacques Chirac havia prometido "um impulso novo e forte à acção governativa".
"Dar-vos-ei a conhecer nos próximos dias as minhas decisões em relação ao governo e às prioridades da sua acção"", acrescentou, mostrando-se sensível às "preocupações" e "expectativas" expressas pelos eleitores.
Por seu lado, o primeiro-ministro manifestou-se "fiel ao pacto de lealdade que o liga ao chefe de Estado", declarando que "apoiará, com a sua experiência, as orientações que fixar para o país".
Na lista de personalidades que Jacques Chirac pretende ouvir está também o centrista François Bayrou, presidente da União para uma Democracia Francesa (UDF), noticiou a rádio France Info

2 comentários:

Anónimo disse...

O egoismo francês desferiu um golpe fatal na constituiçao europeia. A França recusa avançar um projecto do qual é fundador e ao qual proporcionou o seu melhor protagonista (Delors). Caiu a mascara do chauvinismo disfarçado pelas preocupaçoes economicas e de segurança (emprego,estado social, globalização, emigraçao, crime, terrorismo).Os dissidentes socialista devem assumir as suas responsabilidades ao engrossarem as hostes comunistas e de extrema direita.O previsto "não" da holanda aumentará a pressão e coloca a necessidade de um tempo de reflexão, acrescendo que será a Inglaterra a tomar maiores responsabilidades nos proximos tempos. É caso para perguntar: era esta a proposta francesa quando condenaram a intervençao britanica no Iraque? Querem só os franceses distinguir-se da multidão? É mais importante apoiar um agricultor francês que os novos paises da UE? Podemos confiar na França? É ainda importante referendar em Portugal? Estao os lideres politicos à altura do momento? Durão Barroso vai outra vez de férias para a Grecia? Guterres dará refugio a Chirac? E ele merece?

Anónimo disse...

POIS É, MAS AÍ O MEU AAMIGO TERÁ DE RESPONSABILIZAR OS DISSIDENTES SOCIAIS-DEMOCRATAS QUE ENGORDARÃO AS FILEIRAS DA EXTREMA DIREITA