O POLITICAEHOUSE inicia a partir da próxima semana uma nova etapa na sua existência.
A partir do dia 20 de Agosto e com 2/3 dos Administradores de regresso à lusa Atenas e à Figueira da Foz iniciamos a actividade do blogue com uma nova linha editorial.
Teremos 2 dias por semana dedicados a comentar medidas do Governo e as propostas alternativas da oposição, bem como falaremos da política nacional/internacional.
Naturalmente que a política cá do burgo, de Coimbra e Figueira da Foz, mantêm a preponderância.
3 comentários:
PEDRO MACHADO (RTC) APRENDE COM VILAR(RTC) FAZENDO CAMPANHA INTERNA DO PSD A FAVOR DO NOIA UTILIZANDO MEIOS DA RTC, ISTO É, PÚBLICOS. CARRO, TELEMÓVEL E NÃO SÓ...PARECE QUE SE JUNTARAM DOIS BONS RAPAZES...PESSOAL TRABALHADOR...
Figueira – SOS ! (Silêncio Oportuno do Sousa)
Foi com enorme surpresa, seguramente partilhada por muitos conterrâneos, que assisti no pretérito dia 11 de Agosto a um programa de gastronomia filmado no Palácio Sotto Mayor. O Chefe Hélio Loureiro, acompanhado por uma figura pública de relevo na cidade – Sr. Dr. Joaquim de Sousa, ex-Secretário de Estado dos Desportos, Ex-Presidente da Câmara, ex-Administrador do Porto da Figueira, ex-, ex-, ex-,......
Supostamente um momento único para promover a Figueira, a sua cultura e a sua gastronomia. Para além do belíssimo local escolhido pela produtora (terá sido pela produtora ?), junta-se a um dos mais conhecidos Chefes portugueses, um ilustre figueirense. Conhecedor da história, da cultura da cidade e das suas gentes.
Eis senão quando, o ilustre figueirense numa amena cavaqueira com o Chefe, enquanto este prepara uma das suas iguarias, inicia uma série de despautérios a propósito da cidade, da sua cultura, da sua gastronomia, da sua vocação turística,......enfim acerca de tudo. Tudo ? Não, quase tudo para o Sr. Dr. Joaquim de Sousa salva-se o Casino. Já cá voltamos.
Vivemos num País livre e cada um tem direito à sua opinião. Contudo, desde pequenino me ensinaram, mesmo quando ainda estávamos longe de ser uma democracia, que a nossa liberdade (incluindo a de expressão) acaba, onde começa a dos nossos concidadãos.
O Sr. Dr. Joaquim de Sousa, tem certamente direito a ter a sua opinião. Mas se “tive que ouvir” a dele, vai “ter que ouvir a minha”.
Em primeiro lugar, interroguei-me acerca da escolha de tão ilustre figueirense para abrilhantar o programa. Depois de alguma reflexão percebi que era provavelmente uma “escolha tangencial”. Aliás, como tangencial tem sido boa parte da sua carreira.
De nadador (e saltador) afamado na sua juventude (os contemporâneos ainda se lembrarão dele nos idos 50 na Piscina Praia......) chegou a Secretário de Estado dos Desportos. “Escolha tangencial”. Confesso que já não me recordo se o PM da altura era do PS ou do PSD. Tão pouco importa porque o Sr. Dr., sempre soube adaptar-se à realidade dos tempos.
De dirigente do Ginásio, com particular carinho pelo remo, chegou a Administrador do Porto da Figueira da Foz. “Escolha tangencial”, ambos se desenvolvem em meio aquático. Acerca da sua prestação neste lugar, basta ouvir e ler o que muitos dos operadores e utilizadores portuários disseram publicamente.
Quem o conhece “tangencialmente”, como eu, sabe do seu proverbial apetite e gosto pelas “coisas da mesa”. Claro que esta sua característica o torna a “escolha tangencial” para participar num programa de gastronomia.
Mas voltemos ao programa. O que disse é claramente uma afronta para muitos dos seus conterrâneos, sobretudo para aqueles que diariamente lutam, nos mais variados domínios, pela afirmação da cidade e da região como destino turístico.
Tem a Cidade dificuldade em se afirmar como destino turístico ? Certamente que tem. A opinião do Sr. Dr. ajuda a promover a Cidade como destino turístico, bem como a sua gastronomia ? Decididamente que não. Pode a Cidade recuperar a “glória do passado” como destino turístico ? Provavelmente não. Em minha opinião, temos que enquadrar as coisas no seu devido contexto:
- Uma situação económica nacional francamente desfavorável. O que limita os gastos dos poucos turistas e inibe muitos (cada vez mais) de passarem férias fora de casa. Ao contrário do que por exemplo aconteceu durante a segunda metade dos anos 90, independentemente do reconhecido despesismo do Presidente da Câmara à época.
- Uma concorrência desenfreada quer a nível nacional, quer sobretudo a nivel internacional. Para aqueles (poucos ?) que ainda podem fazer férias; será mais convidativo vir passar umas férias à Figueira ou, pelo mesmo dinheiro (ou pouco mais) ir para o Algarve, para o Sul de Espanha, para a Galiza, ou mesmo para as Caraíbas ou Brasil ? E porque não apanhar um voo de baixo custo e ir visitar uma cidade/região Europeia ?
- As vias de comunicação, que finalmente parecem estar próximo de “desencravar a Figueira”, já “desencravaram, há muito outras regiões. Hoje um habitante do Interior Centro demora tanto (ou menos) a chegar ao Algarve, como demorava nos anos 60 e 70 a chegar à Figueira, onde eventualmente passou férias durante muitos anos.
- O famoso “Sol/Praia” é um produto hoje muito menos procurado do que era no passado. Dizia há uns anos o famoso articulista – Vasco Pulido Valente, que a maior conquista de Abril foi a “Praia para Todos”. Penso que o comentário (jocoso) tinha alguma pertinência. Passados 33 anos dessa linda revolução, provavelmente o produto já está “saturado”.
- Os Turistas que podem fazer férias fora de casa, são mais exigentes e a verdade é, neste particular até posso concordar com o Sr. Dr. Joaquim de Sousa, que a iniciativa privada na Figueira não conseguiu desenvolver uma oferta suficientemente atractiva. O “nosso” melhor Hotel, continua a ser o paupérrimo Mercure (já foi Grande Hotel). Quem o conhece sabe bem o estado em que está. A propósito o dono é o mesmo do Casino, que para além deste ainda tem outra (ainda pior) unidade hoteleira na cidade,........
Mas será que temos que aceitar que neste contexto não se pode fazer mais pela Cidade ? Pela divulgação da sua gastronomia ? Pela sua cultura e pelo seu Turismo ? Certamente que sim. Será que quem tem responsabilidades nestas áreas (públicos e privados) estão a fazer tudo o que devem ? Certamente que não.
É fácil culparmos a Autarquia (seja qual for a sua cor) ou a FGT, mas o que mais podem fazer neste contexto ? Sobretudo quando não têm dinheiro nem capacidade de financiamento / endividamento ? Interessante, lembro agora que o Sr. Dr. Joaquim de Sousa foi não só Presidente da Câmara, mas também da FGT ! Será que nós figueirenses devemos interpretar o seu desvario no programa como uma autocrítica pública ao melhor estilo Maoísta ? Atenção Sr. Dr., ser Maoísta já não está a dar. A menos que agora queira ir para Bruxelas!
Concerteza que o que disse é a sua opinião sincera. Mas convenhamos que fica muito mal ao Sr. Dr. Joaquim de Sousa falar tão negativamente da nossa Terra num programa que, no limite até, pretendia dar a oportunidade oposta. E mesmo quando o seu “entrevistador”, procurava encontrar algo de positivo o Sr. Dr., procurava denegrir tudo. Tudo ? Não, como disse atrás, dizia que se salvava o Casino. Curioso, o Casino (ou a empresa a que pertence) era exactamente o anfitrião do programa.
Mas afinal qual a contribuição do Casino para a divulgação da gastronomia da Figueira ? Procurei investigar e descobri – Festival das Francesinhas e divulgação da Gastronomia Alentejana. Ora aqui está.
Enquanto que os Restaurantes da cidade procuram desenvolver Festivais Gastronómicos Temáticos, à volta do “peixe fresco” da nossa Costa. Aparentemente com sucesso tal que esgota a sardinha na Praça, e até dá....”peixeirada”. O Casino, aposta nas “Francesinhas”. No mínimo ridículo ! De quem é esta brilhante ideia ? Do inenarrável Sr. Dr. Domingos Silva digníssimo Administrador do Casino. Esta promoção das Francesinhas é tão disparatada, que, consta, até mau estar tem criado entre os funcionários da casa. Dizem-me amigos de longa data, que há muito por lá trabalham, que provavelmente o mau estar tem razões mais fundas que “só” o Festival das “Francesinhas”. Mas sobre isso saberá o tal inenarrável Administrador.
Ainda mais curioso nesta aposta gastronómica, do melhor que a Figueira tem (segundo o Sr. Dr. Joaquim Sousa), é o facto do Casino promover igualmente neste Festival do “novel” petisco figueirense, a cerveja Cintra. Curioso ? Talvez não. É que o Casino e a cerveja Cintra têm em comum um outro personagem de relevo o anafado Sr. Dr. Jorge Armindo do bilionário grupo Amorim.
Parece então que o Sr. Dr. Joaquim de Sousa, se rendeu a embaixador, não da sua Terra, mas do grande capital – o grupo Amorim. Está no seu direito. Sabemos que muitas vezes o dinheiro fala mais alto.
Talvez não lhe fique bem é, ser tão crítico em relação à Cidade e simultaneamente pertencer à Comissão de Honra para a comemoração do seu 125º aniversário.
Mas será que a história termina aqui ?
Não. Ainda há mais incoerências. Sou leitor assíduo dos muitos blogs da Cidade. Há um que particularmente sigo com atenção o “A Beira Mar”. Este blog, há muito nos habituou a criticar (por vezes com razão) algumas figuras públicas da Cidade, pelo que fazem (ou pelo que não fazem). Admito contudo, que muitas vezes penso que tem mesmo ido longe de mais na forma como o faz.
Curiosamente nada tem dito sobre este programa na RTPN. Programa que muito provavelmente foi o maior ataque, alguma vez feito, à gastronomia e à Cidade e que pode mesmo por em causa a Economia local, sobretudo diversas pequenas empresas familiares que dependem dos visitantes e dos Turistas para sobreviver. Porque será que o autor do referido blog, sempre tão atento à vida da Cidade, nada diz ? Será que está de férias ? Não parece porque ainda nos dias 7 e 8 de Agosto dedicou amplo espaço do seu blog a “promover” um espectáculo dos “Trabalhadores do Comércio” na nossa Cidade. E onde foi esse espectáculo ? No CAE ? Nas ruas da Cidade ? Numa das muitas Colectividades ou Festas de Verão das Freguesias ? Não. Foi,...imaginem,......isso mesmo no Casino !!! E quem é o autor do referido blog ? Pura e simplesmente o “jornalista” José Luís de Sousa. Filho do Sr. Dr. Joaquim de Sousa.
Então porquê este Silêncio Oportuno (e estridente) do Sousa ? Sempre tão atento a criticar tudo e todos !! Será que o assunto não lhe merece atenção ? Pelo que tenho lido, tem amplificado e dado relevância a coisas claramente menos relevantes (na minha opinião, obviamente não na dele).
Convenhamos que não fica bem ao pai criticar a sua própria Terra, quando lhe deram a oportunidade de a promover, nem ao filho, de criticar tudo e todos e calar quando a Figueira é sujeita a tão vil ataque, pela voz do seu próprio pai.
Fale Sr. Sousa. Diga-nos o que pensa da forma como o seu pai se entretém a denegrir a imagem da Cidade em frente a vários milhões de portugueses. Diga-nos se concorda com o serviço que o seu pai prestou à cultura, gastronomia e ao turismo da nossa Terra ? Ou é mais confortável criticar os “outros” ? E calar quando a “calinada” sai de dentro de casa ?
O que foi dito é verdade, só que foi mal dito! A falta de qualidade não é apanágio da Figueira. Em toda a costa ocidental portuguesa a fata de qualidade no serviço de alojamento e restauração é "marca de água".
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