• MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO: CDS ficou «afectado» com «assalto» de Portas
Maria José Nogueira Pinto entende que o CDS ficou «afectado» com a tomada de poder de Paulo Portas, que considerou ter sido um «assalto». Num artigo de opinião, a ex-vereadora da câmara de Lisboa deixou críticas à distrital do PSD, responsável pelo mau resultado do partido nas intercalares de Lisboa.
Maria José Nogueira Pinto considera que o CDS ficou «afectado» com a forma como Paulo Portas «assaltou» o poder no partido, uma tomada de poder que «lesou seriamente a sua imagem, quer interna, quer externa».
O CDS, que na sua nova (velha?!) versão portista pretendia redireccionar-se para o eleitorado urbano, nem sequer foi ouvido», comentou a antiga dirigente centrista, que prevê um mau resultado do seu partido nas legislativas de 2009 se nada mudar.
Sobre o PSD, Nogueira Pinto considerou que este partido tem sido dirigido «sem visão nem rasgo» e que o candidato social-democrata à autarquia da capital, Fernando Negrão, se deixou envolver «campanha pindérica de ataques destemperados, calúnias e enxovalhos».A ex-dirigente do CDS-PP criticou ainda a «estratégia irracional e bizarra» protagonizada pela distrital de Lisboa do PSD, que «impôs uma partidocracia instalada, destrutiva e medíocre» que levou o partido a «pré-coma existencial».«Insensíveis às necessidades dos lisboetas, fizeram desta eleição um estúpido exercício de oposição ao Governo», acrescentou Maria José Nogueira Pinto, que considerou que o PSD «vê fugir o seu próprio eleitorado, zangado com a Distrital de Lisboa».
No seu artigo, a ex-dirigente do CDS-PP entende que a independente Helena Roseta «formaliza uma dissidência conhecida há anos, ex-dissidente do PSD e agora do PS, e compõe uma alternativa refrescada, com garantias de uma vigilância mais sofisticada sobre os perigos da 'governamentalização' de Lisboa».
Sobre o Bloco de Esquerda, Nogueira Pinto entende que o partido talvez não fizesse falta, o que não acontece com José Sá Fernandes, que entende ser «uma espécie de DIAP camarário permanente».
Já sobre António Costa, a ex-vereadora diz que este foi o único que se «preparou para governar», dado que «para além de um programa e uma equipa, joga aqui o seu futuro político».«Se for tão inteligente como penso, fará o melhor que souber e puder. Para onde quer que se vire, António Costa terá de ser um bom presidente para que possa vir a ser, um dia, qualquer outra coisa», concluiu.
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