quinta-feira, maio 03, 2007

SÓNIA SOUSA MENDES ENVOLVIDA EM PROCESSO QUE ENVERGONHA QUALQUER UM.

QUANDO OS ARAUTOS DA RESPEITABILIDADE E DOS VALORES DA FAMÍLIA SE VÊEM ENVOLVIDOS EM PROCESSOS NO MÍNIMO QUE ENVERGONHAM QUALQUER PESSOA...
Sónia de Sousa Mendes, líder distrital do CDS/Coimbra, imputou hoje a um acto de “perseguição política” o desencadeamento do processo em que foi acusada de peculato. A afirmação foi proferida em resposta a uma pergunta da magistrada judicial Isabel Valongo, presidente do colectivo de juízes perante o qual a arguida começou a responder hoje no Tribunal da Lousã.
Em declarações aos jornalistas, à margem da audiência de julgamento, a arguida assinalou ter denunciado más práticas urbanísticas alegadamente cometidas pela Câmara Municipal da Lousã quando esta era presidida por Horácio Antunes (PS).
Sónia de Sousa Mendes precisou ter feito uma participação à Inspecção-Geral de Administração do Território (IGAT), em 1998, na qualidade de membro da Assembleia Municipal.
A senhora está apenas a tentar sacudir água do capote”, declarou ao “Campeão” Horácio Antunes ao rejeitar a conotação política dada ao processo pela arguida.
Segundo o ex-presidente da Câmara lousanense, a referida participação à IGAT “nunca produziu os resultados que a senhora pretendia”.
Arrolado como testemunha de acusação pelo Ministério Público, Horácio Antunes vai prestar depoimento por escrito ao abrigo da prerrogativa que o cargo de deputado à Assembleia da República lhe confere.
Embora tenha reconhecido que o deputado desfruta dessa faculdade, a arguida lamentou a falta de comparência dele em Tribunal e o advogado Alfredo Castanheira Neves fez notar que Paulo Portas (presidente eleito do CDS/PP) deslocar-se-á à Lousã como testemunha abonatória da sua constituinte.

Sónia de Sousa Mendes está acusada, pelo Ministério Público, pela presumível prática de um crime de peculato e pela eventual autoria de um crime de branqueamento de capitais.
A líder distrital de Coimbra do CDS/PP, 64 anos, está sob suspeita de ter cometido o crime de peculato enquanto técnica auxiliar principal, tendo desempenhado funções na área da acção social na Escola Secundária da Lousã (ESL).
Acusada ao abrigo do artigo 375º., nº. 01, do Código Penal, a arguida, que desfruta da presunção de inocência, incorre em pena de prisão de um a oito anos.
Segundo a acusação, confirmada pelo Tribunal de Instrução Criminal, a arguida apoderou-se, em três anos (1996 a 1999), de 14.000 euros, correspondentes a pagamentos de transporte efectuados por alunos.

Sobre Sónia de Sousa Mendes recai anda a suspeita de se aproveitar do estatuto de responsável pela gestão do refeitório e do bar da ESL para se apropriar de géneros alimentícios.
O Ministério Público (MP) imputa-lhe um acto que terá consistido em esvaziar a despensa do refeitório numa manhã de Abril de 1999. Num registo pautado pela ironia, a ré afirmou que “só com um camião” seria possível fazer isso.
COMENTÁRIO POLITICAE:
Cada vez é mais pertinente dizer-se que todos os partidos políticos têm telhados de vidro. Não quero com isto significar que estou a proferir uma condenação sem que o julgamento judicial o faça primeiro e eu próprio lembro que compete às instâncias judiciais essas condenações e não a nenhuma outra pessoa.
Porém, por muito que os políticos apanhados nas malhas da justiça não queiram discutir isto no plano ético e político, lançando sempre para o tabuleiro da discussão pública esse tão discutido princípio do " in dubio pro reo"!
Gostava de perceber porque razão quando a nódoa cai no pano de um adversário político ele "está a sacudir a àgua do capote", mas quando nódoa semelhante cai no pano de correligionários de partido já há uma cabala política e uma perseguição política.
Esta consideração cabe tanto a Sónio Sousa Mendes como cabe a Horário Antunes.

2 comentários:

Anónimo disse...

É uma vergonha que o Horácio se refugie no estatuto de deputado para não estar fisicamente presente. Também é estranho que sendo o genro da arguida advogado de craveira reconhecida ( Américo Batista,ex-vereador do Horácio e actualmente colega do Vilar na administração da "Universidada Vasco da Gama" - Gama não tem a ver com gamanço- )não tenha sido o eleito para a defesa da tão querida sogra

Anónimo disse...

É verdade aquilo que o anónimo das 4.07 diz. Mas há uma pergunta que temos que fazer. Sendo o Dr.Américo Batista um advogado de pretígio e sendo particularmente amigo do Dr.Vilar por razão é que este não o escolheu para o defender do ataque da PJ e do MP no caso Bragaparques?