quinta-feira, julho 27, 2006

HÁ POLÍTICOS QUE DETESTAM QUE OS SEUS ACTOS SEJAM EXPOSTOS!

A “mulher de César” e os gestos políticos
Rui Avelar


A futura Comissão Executiva da Região de Turismo do Centro (RTC), a eleger amanhã ao abrigo de um acordo celebrado pelo PSD e pelo PS, sofre de um «pecado original» que consiste na recondução de Luís Vilar depois de este ter pedido a suspensão do mandato de vereador da Câmara Municipal de Coimbra.
A 24 de Abril de 2006, Luís Vilar solicitou a suspensão por três meses do mandato como autarca por entender que uma notícia divulgada pelo “Campeão” pôs em causa a presunção da sua inocência.
Comungamos da certeza de que nem a constituição como arguido do presidente da Comissão Concelhia do PS/Coimbra nem a notícia atinente a esse facto beliscam a presunção de inocência de que ele desfruta.
Ao “Campeão” cabe a missão de informar, com imparcialidade e rigor, sendo nossa convicção que a realização do interesse público pressupõe a divulgação de factos (inequívocos) inerentes aos agentes políticos investidos de funções de representação popular.
Em carta dirigida, há três meses, ao presidente da Câmara de Coimbra, Luís Vilar alegou ter agido ao abrigo de um “inadiável imperativo de consciência, em ordem a garantir a transparência e a absoluta honorabilidade às funções e ao respectivo desempenho”. “Estando em causa a averiguação de alegadas ofensas ao interesse público, sendo que a defesa de tal valor deve nortear de forma inequívoca a actuação de qualquer eleito local, não posso alhear-me do impacto que tais suspeitas necessariamente suscitam sobre a actuação (...) enquanto vereador”, declarou.
Segundo Luís Vilar, a sua permanência em funções como edil podia “constituir um constrangimento à investigação em curso”, sendo que o prazo da suspensão do exercício do cargo foi fixado em função do “período julgado adequado para o termo da investigação”.
Neste contexto, a recondução de Luís Vilar como vogal da Comissão Executiva da RTC traz à colação o velho paradigma da «mulher de César», pois já há 2.000 anos os romanos concluíram que não bastava à senhora ser séria e que tinha a obrigação de parecer ( sobretudo porque aqui ele exerce funções executivas, tomando decisões em nome do interesse público todos os dias ).

Ao jornalista Rui Avelar os nossos parabéns, sobretudo num tempo que que alguns políticos tudo fazem para branquear as suas notícias, atribuindo-lhes sempre a tão conhecida desculpa de perseguição política.
Gostaria de incentivar os jornalistas que fazem jornalismo de investigação. É bom não esquecer os números que um jornal nacional publicitou há algumas semanas atrás: as notícias de investigação são a maior fonte de investigação criminal, delas resultanto a descoberta de práticas criminosas em 70% dos casos.
O que afasta os cidadãos da política são comportamento dúbios, que podem não ser criminosos, mas seguramente é discutível se serão ética e moralmente reprováveis e os cidadãos devem conhecer essas atitudes para poderem retirar delas as suas opiniões.
Tal informação não é indiferente na hora de votar!
Quanto ao Sr. Luis Vilar, gostaríamos de perguntar, por outro lado, se acha que o que hoje aqui está exposto corresponde a uma calúnia ou a um atentado à sua honra ?
Não. O que aqui está hoje escrito, hoje como noutras circunstância, não é mais do que o exercício desse direito pela qual o senhor tantas vezes faz questão de dizer que lutou no 25 de Abril.
Aqui, como em outras situações, os jornalistas fazem pesquisas, averiguam factos e depois emitem opinião. Essa opinião pode corresponder a juizos de valor éticos ou morais, porque nem sempre os comportamentos visados e noticiados, apesar de eticamente reprováveis, são passíveis de investigação criminal, mas seja como for todos esses comportamentos são importantes ao cidadão eleitor.
Um político tem de responder perante os seus comportamentos e deixar ao povo os juizos que entender fazer face a esses factos e comportamentos.
O importante é que se dê ao visado a oportunidade de clarificar, desmentir e processar se tiver sido alvo de calúnia. O facto é que estes políticos muitas vezes não respondem, nem querem responder achando que o exercício de funções públicas não os obriga a esclarecer nada perante o povo que representam. Acham que o povo tem de acreditar neles e ponto final. Nenhum esclarecimento deve ser dado.
Não nos impressiona a sua escrita. De facto, quem não deve não teme. O Sr. Luis Vilar, está provado, revela-se sempre muito incomodado quando alguém descreve alguns factos e comportamentos que, nuns casos poderão ou estarão a ser objecto de investigação criminal, mas noutros serão "apenas" reprováveis moral e eticamente.
Um político que aceita desempenhar cargos públicos aceita implicitamente que se questione publica e transparentemente os seus actos no desempenho desses cargos e na sua vida profissional.
Não é indiferente para mim, cidadão eleitor, saber o que "X" ou "Y" fazem na sua vida profissional e pública, assim como não é indiferente saber se a pessoa "x" ou "y" desempenha os cargos públicos cumprindo a lei ou não.



12 comentários:

Anónimo disse...

Falam falam mas não fazem nada...

Anónimo disse...

Seria bom tambem conhecer o papagaio que assim escreve. De facto esta mulher de César tambem não parece... é anónima

Anónimo disse...

Para haver atentado à honra é necessário haver honra. "la Palisse"

Anónimo disse...

Lá está um acólito do Bilar senão mesmo ele próprio irritado com quem escreve denunciado actos por ele praticados que merecem, por se tratar de figura pública, comentárioe opinião.
Que interessa saber quem aqui escreve? Por acaso o que se escreveu aqui é crime? Não. É uma opinião.
Para quem faz questão de dizer que lutou tanto pelo 25 de Abril está a dar importância a mais a quem emite opinião e importância a menos à própria opinião que devia ser verdadeiramente o que o deveria preocupar a si homem de Abril!
Não lhe parece?

Anónimo disse...

Aliás, as tentativas de adivinhação fazem rir muita gente, pois denunciam o seu ódio para com quem o irrita por não ser controlável e principalmente por não precisar de si para nada.
Mas, olhe, "homem de Abril", olhe que as aparências iludem e olhe que esses seus comportamentos são mais da Primavera Marcelista que de 25 de Abril!

Anónimo disse...

3:36 PM - você é um obssecado. no seu lugar ia a umas consultas com o reis marques, apesar de achar que o seu estado já o deve levar a ir a um outro especialista melhor e que esteja longe desse filme de terror pouco saudável que se vive diariamente na oliveira de matos e seus becos.

Anónimo disse...

ahahahahaha.

Tadinhos! se for reconfortante fixarem o seu ódio na ou nas pessoas que lhes dão jeito denegrir, força, mas estão tão longe essas teorias da adivinhação...ridiculas aliás!

Anónimo disse...

ahahahahaha.

Tadinhos! se for reconfortante fixarem o seu ódio na ou nas pessoas que lhes dão jeito denegrir, força, mas estão tão longe essas teorias da adivinhação...ridiculas aliás!

Anónimo disse...

ahahahahaha.

Tadinhos! se for reconfortante fixarem o seu ódio na ou nas pessoas que lhes dão jeito denegrir, força, mas estão tão longe essas teorias da adivinhação...ridiculas aliás!

Anónimo disse...

é mais uma obssecada

Anónimo disse...

é mais uma obssecada

Anónimo disse...

realmente muita coisa tem que mudar.