segunda-feira, outubro 01, 2007

PACHECO PEREIRA VS VITAL MOREIRA ANALISAM VITÓRIA DE MENEZES.

Pacheco Pereira, no seu blogue Abrupto, escreveu já cinco comentários a esta vitória de Menezes, e, em todos eles,
a bandeira do PSD aparece invertida.

"Em matéria do PSD este é o blogue do mau perder. Direi mais ainda, do péssimo perder. E continuará assim até a bandeira ficar direita, se é que alguma vez fica direita", assume Pacheco Pereira.

"Por três razões: pelo país, e eu sei que parece um rodriguinho, mas não é; pela oposição, que garantiu ontem de papel passado um longo período de poder ao PS; e por último, pelo PSD enquanto movimento social e político, que se calhar já só é aquilo que é e sou eu que me iludo", justifica.

Para Pacheco Pereira, morreram com esta eleição "os últimos restos do processo de refiliação de Rui Rio, os últimos restos de alguma moralização da vida interna para garantir a democracia dentro do partido". "A partir de agora algumas das pessoas que andavam aos saltos na candidatura de Menezes vão-se encarregar de garantir que aquilo que sempre souberam fazer nas suas secções se vai estender a todo o partido", escreve o ex-líder parlamentar social-democrata, considerando que "a blindagem contra surpresas futuras vai ser total, porque eles não brincam em serviço".

"Se alguém pensa que Manuelas Ferreira Leite, Rios, Relvas, ou seja lá quem for podem ganhar alguma vez contra alguns daqueles profissionais, está bem enganado. Terão que fazer alianças com eles", alerta.
Para Pacheco Pereira, com esta eleição de Menezes o PSD passa de uma crise de afirmação para uma crise de credibilidade.


Já o socialista Vital Moreira, no blogue Causa Nossa, considera que esta foi uma vitória das bases "contra as elites e os barões", do "PSD popular contra o compromisso Portugal, da província contra Lisboa".
"Doravante, a oposição do PSD pode ser pelo menos mais aguerrida, mesmo se não mais eficaz", considerou, antevendo como possíveis consequências da eleição de Menezes o apoio do PSD à revisão da lei eleitoral para a Assembleia da República e à regionalização.

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