Luís Vilar em risco de ficar sem uns milhares de euros
Escrito por Rui Avelar
03-Out-2007
O Ministério Público e a Polícia Judiciária estimam em perto de 675.000 euros a diferença entre o património financeiro que imputam a Luís Vilar (PS) e os rendimentos (cerca de 235.000 euros) por ele declarados para efeitos fiscais no quinquénio 2001/05, soube o “Campeão”.
Em Abril de 2006, por ocasião de uma apreensão ordenada judicialmente, o líder concelhio do PS/Coimbra e vereador detinha em contas bancárias quantias no montante de 107.000 euros.
“Só através do recurso a valores de origem diferente da do salário [que lhe era pago enquanto autarca] e da da pensão, [Luís Vilar] conseguiu adquirir a título oneroso determinado património e vantagens patrimoniais” (um e outras alcançados no mesmo período), considera a acusação que acaba de ser deduzida pelo MP.
Em Março e Abril de 2002, indica a peça acusatória (a que o “Campeão” acedeu mediante requerimento), o líder concelhio do PS/Coimbra depositou numa conta bancária 111.000 euros.
O tráfico de influências e o abuso de poder são crimes conexos à corrupção, caracterizando-se o primeiro por uma conduta destinada a solicitar ou aceitar vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para abusar da respectiva influência (real ou suposta) junto de qualquer entidade pública.
O despacho de acusação, que será sujeito a escrutínio pelo Tribunal de Instrução Criminal, surge ao abrigo de um inquérito aberto em 2003 no âmbito do qual o líder concelhio do PS/Coimbra foi constituído arguido em Março de 2006.
O presumível ilícito inerente a tráfico de influências e um suposto crime de abuso de poder prendem-se com uma verba para financiamento partidário entregue a Luís Vilar pelo empresário Emídio Mendes (ligado ao empreendimento Jardins do Mondego).
Por ocasião dos actos eleitorais de 2005, Luís Vilar emprestou 20.000 euros ao seu camarada Victor Baptista e foi avalista de outro empréstimo contraído pelo líder distrital do PS/Coimbra.
Segundo a acusação, Emídio Mendes terá concedido ao arguido, depois da entrega de um donativo para o PS, um montante por apurar tido como suficiente para proceder à reforma de uma livrança.
Na base da dedução de acusação pelo eventual crime de corrupção passiva para acto ilícito (punível com pena de prisão de um a oito anos), relacionada com a construção do parque de estacionamento do «Bota-abaixo», está um empréstimo de 50.000 euros concedido, em 2002, a Luís Vilar pelo sócio e gerente da firma BragaParques Domingos Névoa, a quem é imputado o presumível crime de corrupção activa.
A dedução de acusação por outro dos supostos crimes de abuso de poder prende-se com a intervenção do vereador numa votação para aprovação da realização de um plano de pormenor para a quinta de São Jorge de Milreu (instrumento destinado a avaliar se é possível dedicar 20.000 metros quadrados de terreno a habitação).
À data da votação (Janeiro de 2006), o arguido era presidente do Conselho Fiscal da Associação Cognitária de São Jorge de Milreu (ACSJM), proprietária do alvará da Escola Universitária de Vasco da Gama, e, há um ano, ascendeu à liderança do organismo.
quinta-feira, outubro 04, 2007
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11 comentários:
Olhem... e que tal dizerem onde é que isso vem publicado? Assim, tipo, citarem a fonte para nós podertmos ir lá ver????
Faltou dizer a fonte do artigo: "Campeão das Províncias".
A pedido de muitas famílias a fonte é Rui Avelar (tal como aqui aparece na notícia) e foi publicado no jornal Campeão das Províncias, seguindo-se à notícia da acusação do senhor vereador da Câmara de Coimbra, Luis Vilar, do Partido Socialista, já publicada nos jornais O SOL, o Expresso online, Diário de Coimbra, Diário Digital e Lusa.
É fartar, vilanagem!
L.V., pode queixar-se do que quiser, das coincidências das coisas, da desonestidade da Polícia e da perseguição dos magistrados, mas curiosamente ainda não o vi negar o que quer que fosse relativamente aos factos de que é acusado!
Ahhhhhh pois, a presunção de inocência... que consignada, tanto jeito dá!!!!
Se o LV está de facto inocente, pode demonstrá-lo facilmente: basta autorizar a difusão pública das escutas que constam do processo.
Certamente que, tendo elas sido feitas, quando ele nem suspeitava que pudessem inventar qualquer acusação contra ele, mostrarão certamente como ela é imaginosa e injusta.
esperemos que o faça rapidamente para deixar de criar embaraços, afinal escusados, ao PS
Força Luís Vilar! Mostra as escutas e reduz ao silêncio os teus detractores.
Calma que a procissão vai no adro. Ainda temos muito que ver quem são os verdadeiros infractores. Será que agora deixaram de acreditar na Justiça?
Que se saiba o Paulo Pedroso esteve preso e não me recordo da acusação ou da pena a que foi condenado.
Mas há por aí alguém tão ingénuo que pense que o Vilar tem interesse em mtornar públicas as escutas ?
O Comentador de Sexta-feira, 05 Outubro, 2007 e de sábado, dia 6 de 2007 pode ficar descansado. Elas verão a luz do dia e olhe que farão parar a cidade! Cairá a máscara e tornará imóveis os seu defensores que corarão de vergonha por o terem continuado a defender. Claro que o próprio continuará a vir aqui defender-se a si mesmo com palavras de ordem dignas de uma qualquer claque de futebol. Só quem o não conhece!
QUEREMOS AS ESCUTAS JÁ! ASSIM CALAR-SE-ÃO AS BOCAS DOS QUE AINDA ACREDITAM QUE O PAI NATAL EXISTE E QUE DÁ PRENDINHAS NO NATAL.
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