(...) Por Lino Vinhal in http://www.campeaoprovincias.com/
"... Por onde passou, assumiu-se sempre como um homem de Coimbra, terra que amava e conhecia como poucos, deixando atrás de si um rasto de respeito e admiração. Amigo íntimo de Torga, de Mário Soares, António Guterres, António Campos, António Arnaut e outros mais, trocou uma dúzia de anos de vida pela entrega aos outros e às causas em que acreditava e que assumia como suas. A morrer, ele que da vida tanto gostava, de certeza que preferia morrer agora, lutando, do que acomodando-se atrás das trincheiras onde se refugiam os políticos sem dimensão. E ele que me desculpe, lá longe no lugar para onde foi e onde só mora o pensamento e a imaginação, eu também preferi que morresse agora, a que o fizesse depois de vender ao desbarato a integridade que sempre lhe conheci. Coisa que ele nunca faria, eu sei. Mas para resistir iria sofrer muito mais, logo ele que já pagara cara a coragem de muitas vezes dizer “eu não vou por aí”..."
(...)
"... Mas o tempo dirá o quanto a honra valerá como lenitivo compensador, sobretudo para a família daqueles que a viver, se recusariam a fazê-lo sem ela..."
"... Por onde passou, assumiu-se sempre como um homem de Coimbra, terra que amava e conhecia como poucos, deixando atrás de si um rasto de respeito e admiração. Amigo íntimo de Torga, de Mário Soares, António Guterres, António Campos, António Arnaut e outros mais, trocou uma dúzia de anos de vida pela entrega aos outros e às causas em que acreditava e que assumia como suas. A morrer, ele que da vida tanto gostava, de certeza que preferia morrer agora, lutando, do que acomodando-se atrás das trincheiras onde se refugiam os políticos sem dimensão. E ele que me desculpe, lá longe no lugar para onde foi e onde só mora o pensamento e a imaginação, eu também preferi que morresse agora, a que o fizesse depois de vender ao desbarato a integridade que sempre lhe conheci. Coisa que ele nunca faria, eu sei. Mas para resistir iria sofrer muito mais, logo ele que já pagara cara a coragem de muitas vezes dizer “eu não vou por aí”..."
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"... Mas o tempo dirá o quanto a honra valerá como lenitivo compensador, sobretudo para a família daqueles que a viver, se recusariam a fazê-lo sem ela..."
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