terça-feira, janeiro 24, 2006

A última medida do governo PS constitui um escárnio para os milhares de idosos portugueses que vivem de pensões miséria.

O regulamento da nova prestação para idosos aprovado em 19 de Janeiro estabelece os valores que os filhos devem dar aos pais que vivem na pobreza. Diz-se ali que os filhos em situação "confortável" devem entregar aos pais pobres uma quantia mensal que vai de 17,5 a 35 euros.

Verifica-se assim que este governo:

1) julga ser necessário obrigar, através de regulamento, que os filhos ajudem os pais pobres;
2) desresponsabiliza-se das suas obrigações quanto à assistência aos idosos;
3) cumprimenta os idosos com o chapéu dos filhos;
4) considera que um auxílio extra de até 35 euros/mês resolveria algum problema;
5) obriga os "beneficiados" com tal auxílio a enfrentarem a burocracia se quiserem recebê-lo.

O jornal que isto anuncia classifica a medida como "um passo revolucionário na política social". Mas isto mais parece um tombo do que um passo. Um tombo mais grave do que aquele dado pelo sr. Sócrates no mês passado, quando esquiava na Suíça.

De referir que em Dezembro de 2005, o governo anunciou aumentos de pensões mínimas entre os 3% e os 9%, uma proposta rejeitada por ambas as centrais sindicais (CGTP e UGT). «Dois milhões de pensionistas vão, na realidade, ter aumentos entre 2,3% e 2,5%, ou seja, não vão ter aumentos porque os valores ficam ao nível da inflação», disse Joaquim Dionísio, da comissão executiva da CGTP.
«O Governo passa a mensagem de aumento de 9% das pensões, mas os pensionistas abrangidos por este aumento são poucos», referiu ainda.

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