Oferecemos um dos mais recentes livros de António Lobo Antunes:" Os cus de Judas " .
Depararemos, pois, com uma linguagem incisiva e cortante que nos retratará:
- um Estado Novo definhado que, não conseguindo salvar-se, exporta a imundície e a enraíza em África, símbolo do poder secular de uma pátria que tem orgulho na sua história ("As senhoras do Movimento Nacional Feminino vinham por vezes distrair os visons da menopausa distribuindo medalhas da Senhora de Fátima e porta-chaves com a efígie de Salazar, acompanhadas de padre-nossos nacionalistas e de ameaças do inferno bíblico de Peniche, onde os agentes da PIDE superavam em eficácia os inocentes diabos de garfo em punho do catecismo.");
- um povo incapaz de se revoltar morrendo longe de casa lutando contra si próprio, a guerra e só depois os "cabrões", sacos de boxe expiatórios de todo o processo;
- uma Angola seca, desolada e decrépita (os cus de judas, nem mais);
- uma guerra idiota e/porque despropositada, excessiva e bestial;
- um narrador totalmente enjoado/enojado com feridas a latejarem bem para lá de 74.
CRITICA
"É imposssível transmitir, num curto resumo, uma pálida noção sequer do tecido denso e engenhoso deste livro, no qual as imagens, expressivas e geniais, desempenham um papel tão importante."
in Público, 30 de Outubro de 1992, citando o Svenska Dagabladet
in Público, 30 de Outubro de 1992, citando o Svenska Dagabladet
2 comentários:
Nem a Senhora de Fátima nos vai salvar de termos de gramar com esse tuberculoso mais dez anos. Ainda não foi eleito e já quer criar secretarias de estado.
acho esta escolha perfeita
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