sexta-feira, janeiro 25, 2008

CARLOS ENCARNAÇÃO REAGE AO DOCUMENTO DO MOVIMENTO DE INDEPENDENTES

“Documento menor, de muito pouca qualidade”

Rejeitando frontalmente as acusações de que é alvo no documento ontem divulgado, condensadas em dois pontos fundamentais – a inexistência de uma política cultural autárquica e a diminuição em 80 por cento (relativa a 2004) do orçamento para a cultura na cidade –, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) considerou a declaração subscrita por mais de uma centena de personalidades na mais diversas áreas “um documento menor, de muito pouca qualidade em termos culturais”.

Em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Encarnação disse “encaixar com bonomia estas atitudes”, uma vez que elas se “encontram sempre imbuídas de um desejo manifesto de expressar insatisfação”, havendo, no entanto, que ter em conta a “tensão dialéctica entre aquilo que se quer e aquilo que se pode ter...”.

De resto, ironizou Carlos Encarnação, “considero-me até muito melhor tratado do que a senhora ministra da Cultura, que tem muito mais subscritores a pedir a sua demissão”.

Depois, em jeito de balanço de um período que, para Carlos Encarnação, “foi dos que mais investimento trouxe à cidade no campo cultural”, contrariando as afirmações dos subscritores do documento que, ainda de acordo com o presidente da CMC, “laboram num erro manifesto”, o autarca enumerou as realizações dos seus seis anos de mandato:
1. a Oficina Municipal do Teatro,
2. o Teatro da Cerca de S. Bernardo,
3. a aquisição e abertura da Casa Miguel Torga,
4. a aquisição da casa de João José Cochofel para Casa da Escrita – “já para não falar no Concento de S. Francisco” –, num investimento de quatro milhões e 700 mil euros.
Mas Encarnação fez ainda questão de recordar o milhão de euros que a autarquia “transferiu” para a Fundação Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, bem como o “aumento substancial do orçamento cultural” para 2008, uma vez que irá proceder-se a uma “intervenção” na Casa da Cultura e à “ampliação” da Casa Miguel Torga.

COMENTÁRIO POLITICAE

Encarnação esquece-se é que a cidade tem memória e não se esqueceu que:
1. a Oficina Municipal do Teatro é obra de Manuel Machado que apenas foi concluída por Encarnação porque houve eleições e coube-lhe a ele a sorte de a inaugurar, mas não foi decisão politica sua, nem projecto seu. Achamos mesmo que se dependesse de si e do seu vereador da cultura nada teria sido feito nesse sentido.
2. o Teatro da Cerca de S. Bernando "idem aspas aspas"

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